A ONU (Organização das Nações Unidas) confirmou que pelo menos 43 integrantes das tropas de paz, conhecidos como capacetes azuis, foram detidos nesta quinta-feira (28/08) por um “grupo armado” nas Colinas de Golã, na Síria, e que outros 81 estão impedidos de se deslocar pela região.
Agência Efe
Soldados israelenses vigiam fronteira entre Síria e Israel onde capacetes azuis foram capturados
O diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abderrahmán, disse à agência Efe que a ação foi realizada por integrantes da Frente al Nusra, vinculada à Al-Qaeda. À agência, o coordenador da organização opositora ao governo sírio, Red Sham, Yafar al Jaier, disse que o número de soldados detidos é de 50.
A ONU confirmou que os soldados fazem parte da Força das Nações Unidas de Observação da Separação nas Colinas de Golã (Undof, na sigla em inglês), que atua na fronteira entre Síria e Israel, onde estão sendo travados diversos combates entre grupos armados e o exército sírio.
“As Nações Unidas estão fazendo todos os esforços para garantir a libertação dos “capacetes azuis” detidos e restabelecer a total liberdade de movimentos da força em sua área de operações”, assegurou uma nota oficial.
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Em março e maio de 2013, grupos da Undof foram detidos, mas, posteriormente, libertados em segurança. Atualmente, cerca de 1.200 integrantes da missão, provenientes de Fiji, Índia, Irlanda, Nepal, Filipinas e Holanda, atuam na região. A missão monitora o acordo de 1974 firmado entre Síria e Israel após a guerra de 1973, que fixou os limites fronteiriços entre os países.
Os embates continuam no país. Ontem, opositores do governo do presidente sírio, Bashar Al-Assad, controlaram a passagem da fronteira entre Israel e a Síria. Entre os grupos que tomaram a passagem para as Alturas de Golã, controlada por Israel, estão integrantes da Frente al Nusra. Hoje, a Força Aérea Síria bombardeou posições da oposição na região.
Militares executados
Nas últimas 24 horas, integrantes do grupo Estado Islâmico mataram mais de 150 soldados sírios capturados em combates recentes no nordeste da Síria. Alguns foram executados com tiros, e outros, com facas, como informaram integrantes a agências de notícias internaicionais.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que os soldados executados haviam sido detidos na quarta-feira (28/08) perto do campo de pouso de Tabqa.
Em mensagens divulgadas pelo Twitter, no entanto, simpatizantes do grupo Estado Islâmico disseram que foram mortos “aproximadamente” 200 soldados capturados perto de Tabqa.
#Syria soldiers captured by ISIS. I believe they were all executed @akhbar –> pic.twitter.com/znVag1K7hz
— Jenan Moussa (@jenanmoussa) 27 agosto 2014