Uma pesquisa divulgada pelo jornal israelense Haaretz mostra a coalizão formada pelo Hadash, partido árabe-judeu de orientação socialista, a outras três legendas árabes — Balad, Ta'al e United Arab List — com até 14 cadeiras no Parlamento após as eleições programadas para o dia 17 de março, colocando a união como a terceira força da Casa.
O levantamento, divulgado na última sexta-feira (22/02), mostra, também, um virtual empate entre o conservador Likud, do premiê Benjamin Netanyahu, e a coalizão Campo Sionista, do líder da oposição do Partido Trabalhista, Isaac Herzog, com até 24 cadeiras para cada.
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Knesset, o Parlamento de Israel: coalizão árabe-judaica deve conseguir até 14 das 120 cadeiras
O ultradireitista Lar Judaico deve conseguir, segundo o levantamento, até 13 cadeiras no Knesset.
A pesquisa traz, também, dados sobre a potencial participação no pleito. A expectativa é que o comparecimento de árabes-israelenses na eleição suba dos 56% registrados em 2013 para 62,4% em 2015, os números mostram. De acordo com o levantamento, 58% das pessoas que responderam positivamente quando questionadas se iriam às urnas disseram que o fariam por conta da união dos partidos.
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A criação da coalizão foi resultado de um programa elaborado por uma comissão criada há mais de dois meses.
Liderada pelo presidente do Hadash, Aiman Ouda, ela tem entre seus nomes o judeu Dov Khenin, também do Hadash, e a candidata palestina Haneen Zoabi, do partido Balad. A ideia é que os candidatos, considerados fortes no cenário político israelense, consigam garantir vitória da coalizão no pleito do Knesset.
Próximo governo
Se o resultado se confirmar no pleito do mês que vem, a coalizão árabe-judaica pode ser decisiva para a formação do próximo governo: os trabalhistas precisariam dos assentos da união para conseguir maioria no Parlamento, que tem 120 cadeiras.
A pesquisa aponta, por exemplo, que 58% dos eleitores árabes preferem ver o trabalhista Herzog no governo, contra 11% para Netanyahu – enquanto 15% não recomendam ninguém.