O anúncio do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano (3,5% no trimestre) e a prova de recuperação da maior economia mundial animaram os investidores, fazendo com que a maioria das bolsas asiáticas fechasse em alta hoje (30).
Às 8h03 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne as principais bolsas da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 1,16%, para 393 pontos.
Ontem (29) o indicador recuou 1,6%, acumulando perda de 4% nos dois últimos dias, maior declínio desde que os mercados acionários se recuperaram em março. O MSCI saltou quase 60% neste ano, encenando uma retomada após apresentar queda anual recorde no ano passado, à medida que a crise financeira arrastou a economia mundial para a recessão.
As commodities retomavam a tendência de alta junto com as ações. Os preços do petróleo se mantinham perto de 80 dólares o barril e do pico em um ano atingido na semana passada.
Analistas disseram que a expansão anualizada de 3,5% da economia norte-americana durante o terceiro trimestre apontou mais crescimento à frente graças ao reabastecimento de estoques empresariais e aos gastos do governo.
“O número do PIB sustentou um ambiente melhor de crescimento econômico. As ações de maior risco estão encontrando mais suporte”, afirmou à Reuters Leigh Gardner, diretor de distribuição do RBS Australia. “A trajetória de crescimento na América do Norte e na Austrália incentiva os mercados a subir.”
Os dados tranquilizaram alguns temores de investidores de que a recuperação global estava perdendo força, o que instigou alguns a realizarem lucros, aproveitando o avanço dos mercados acionários neste ano após pesados estímulos do governo e intervenções ajudarem a restabelecer o crescimento mais rapidamente que o esperado.
Xangai subiu 1,2%, depois de sólidos resultados de importantes instituições financeiras chinesas impulsionarem o segmento bancário, enquanto declarações do banco central da China sobre a manutenção da política monetária expansionista sustentaram a confiança em geral.
Os papéis negociados em Tóquio ganharam 1,45%, conduzidos por companhia do setor de tecnologia com melhores perspectivas de lucro, como a Pioneer. Exportadores também tiveram oscilação positiva.
Cingapura avançou 0,71%, Hong Kong teve alta de 2,29% e Sydney subiu 1,5%.
Na contramão, Seul recuou 0,33%, apesar de um conjunto de fortes dados econômicos domésticos, com investidores cautelosos sobre a projeção do quarto trimestre. Ações dos segmentos automotivo e de tecnologia também exerceram pressão sobre o mercado.
“Apesar de fortes dados econômicos domésticos e dos Estados Unidos, o mercado ainda está fraco e parece estar preocupado com os números do quarto trimestre”, disse Lawrence Kim, analista de mercado do Woori Investment & Securities.
Taiwan caiu 0,21%, atingindo nova mínima em um mês, conforme investidores venderam ações de tecnologia, como as da TSMC em meio a preocupações sobre o quarto trimestre.
Sony
A Sony anunciou perda no trimestre com 26,3 bilhões de ienes (500 bilhões de reais), frente a um ganho de 20,800 bilhões de ienes (400 bilhões de reais) conseguido entre julho e setembro de 2008.
Segundo a gigante japonesa de eletrônica, a piora nos resultados foi em virtude do arrefecimento da economia e da valorização do iene. Suas vendas diminuíram entre julho e setembro, segundo trimestre do ano fiscal japonês, 19,8% na comparação anualizada, para 1,66 trilhão de ienes (31,6 bilhões de reais).
Europa
A maioria das bolsas europeias abriram o pregão em alta e se mantêm em um patamar de ganhos seguro, à espera do resultado do índice de confiança do consumidor norte-americano, que será anunciada hoje.
Milão inaugurou com ganhos de 0,13%, aos 22.801,64 pontos, enquanto Paris subia a 0,12% no início do pregão. Londres e Franfurt começaram o dia estáveis e Madri, em baixa de 0,21%, aos 11.658 pontos.
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