Os pilotos da companhia aérea alemã Lufthansa anunciaram hoje (22) a suspensão da greve que havia sido convocada mais cedo, para voltar à mesa de negociações com a direção da empresa. Em comunicado, a categoria e a companhia informaram que a greve será interrompida à meia-noite de segunda para terça-feira.
Cerca de 4 mil pilotos haviam iniciado nesta segunda a maior greve na história da empresa, prevendo uma paralisação total de quatro dias. Os trabalhadores exigem garantias para seus postos de trabalho, aumento de 6,7% dos salários e querem evitar que companhia alemã contrate parte de seus voos com outras empresas estrangeiras e com pilotos que trabalham com tarifas mais baixas.
Com as mesmas motivações que os alemães, trabalhadores da britânica British Airways decidiram hoje durante assembleia entrar em greve no próximo mês – a data ainda não foi definida, conforme noticiou o The Guardian. A duração será de 10 dias e a companhia deve ser avisada uma semana antes.
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Os grandes aeroportos alemães de Frankfurt, Düsseldorf, Munique, Hamburgo e Berlim registravam já dúzias de cancelamentos e suspensões de voos programados, que afetam fundamentalmente rotas internas, embora também, em menor medida, estrangeiras.
Boris Roessler/EFE
A demanda principal dos pilotos da Lufthansa é a garantia dos postos de trabalho
A própria companhia aérea calcula que só nesta segunda-feira foram suspensos cerca de 800 voos por causa da greve, convocada pela associação Cockpit.
O ministro de Transportes alemão, Peter Ramsauer, tentou sem sucesso mediar entre os pilotos e a companhia para evitar a greve, que poderia gerar perdas de 25 milhões de euros diários para a Lufthansa.
Crise
A Lufthansa registrou uma queda expressiva do número de passageiros em 2009. Entre janeiro e dezembro, houve um decréscimo de 2,6%, com relação a 2008. Mesmo assim, as aeronaves da companhia transportaram 55,6 milhões de pessoas no ano passado.
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Além de sofrer com a queda na demanda por voos, a Lufthansa também lida com o crescimento das empresas aéreas menores, que oferecem baixos preços e com a alta do preço do petróleo.
(Atualizada às 21h53)
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