Atualizada às 10:03
A polícia alemã realizou nesta quinta-feira (22/12) uma operação em Dortmund (oeste do país), em que pelo menos duas residências foram revistadas, segundo informou a imprensa alemã. A ação desta manhã é parte da operação de busca pelo homem tunisiano de 24 anos que é o principal suspeito do ataque contra o mercado de Natal em Berlim na última segunda-feira (19/12), que deixou 12 mortos e 48 feridos.
A imprensa havia reportado que quatro pessoas haviam sido detidas durante a operação em Dortmund, o que foi negado pelo porta-voz da Promotoria alemã. Na quarta-feira (21/12), também houve uma operação policial em um centro de refugiados na cidade de Emmerich, na mesma região que Dortmund. De acordo com a imprensa alemã, Anis Amri, o suposto responsável pelo ataque em Berlim, viveu um tempo no local.
Agência Efe
Pessoas prestam homenagem a vítimas do ataque contra mercado de Natal na Breitscheidplatz, em Berlim
Amri, segundo a citada televisão pública da Renânia do Norte-Vestfália, o Estado federado ao qual pertence Dortmund, teve contatos com um destacado membro do coletivo radical salafista da região, em cuja casa havia residido.
O Ministério Público alemão emitiu ontem uma ordem de detenção europeia contra o tunisiano e ofereceu até 100 mil euros de recompensa por pistas que ajudem a encontrá-lo.
A polícia encontrou, na cabine do caminhão que investiu contra os frequentadores do mercado de Natal em Berlim, um visto de residência com o nome do tunisiano. Amri chegou à Alemanha em meados de 2015 e solicitou asilo, que lhe foi negado. Em seu documento constava o status de “tolerado”, e as autoridades alemãs disseram que aguardavam documentos da Tunísia para deportá-lo. Tais documentos chegaram à Alemanha na quarta-feira (21/12), dois dias após o ataque.
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Segundo o pai do suspeito informou a uma rádio tunisiana, Amri saiu da Tunísia há sete anos. Em seu país de origem, ele foi condenado, in absentia, a cinco anos de prisão por roubo com uso de violência. Antes de chegar à Alemanha, ele ficou quatro anos preso na Itália após ser condenado por incêndio criminoso.
Amri residiu, nos últimos meses, entre Renânia do Norte-Vestfália e Berlim. Vigiado pelas autoridades de Berlim até setembro e incluído nas bases de dados das forças antiterroristas, ele centra as suspeitas das forças de segurança. Na terça-feira, a polícia libertou o único detido após o ataque, um refugiado paquistanês, por não encontrar provas de seu envolvimento com o atentado.
Na terça-feira, o grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, afirmando que o motorista do caminhão, que não foi identificado, era um de seus “soldados”. Ainda não há provas, porém, do envolvimento do grupo extremista no ataque.
*Com Agência Efe