A greve geral que ocupou as ruas do Chile com milhares de manifestantes desde a manhã desta quinta-feira (11/07) terminou com dezenas de prisões. Entre os detidos, estão mais de dez dirigentes sindicais da CUT (Central Unitária dos Trabalhadores do Chile), responsável pela organização do protesto.
Agência Efe
Manifestante é detida pela polícia durante protesto; dirigentes sindicais também foram presos nesta quinta (11/07)
Mais de 150 mil pessoas foram às ruas e avenidas das principais cidades chilenas de acordo com a central sindical. Nas contas dos Carabineiros (polícia chilena), a multidão não passou de 30 mil.
Raúl de la Puente, presidente da Anef (Associação Nacional de Empegados Fiscais), assegurou que a adesão de 90% dos 100 mil membros da entidade não permitiu que “o país funcionasse de modo normal”. O ministro do Interior, Andrés Chadwick, rebateu e afirmou que somente 6% dos funcionários públicos compareceu à paralisação.
Por meio de sua conta no Twitter, a CUT disse esperar desculpas públicas do governo de Sebastián Piñera pela forma que lidou com as manifestações. “Hoje, vimos a violência que veio do governo, que não sabe se entender com as organizações sociais”, comunicou.
A jornalista Beatriz Michell, correspondente da rede Telesur no Chile, foi agredida enquanto cobria as manifestações em Santiago, que se iniciaram às 11h e foram até as 14h.
#Ahora @RaulteleSUR desde Chile: Nuestra corresponsal @BeatrizteleSUR recibió agresión durante manifestaciones http://t.co/yXKlZi5QPN
— teleSUR TV (@teleSURtv) July 11, 2013
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O general Rodolfo Pacheco, chefe da zona metropolitana da polícia, afirmou que a manifestação foi pacífica e os distúrbios foram causados por grupos minoritários após a passeata ter chegado ao fim.
Agência Efe
Milhares foram às ruas protestar na greve geral organizada pela CUT; Carabineiros usaram jatos d'água para reprimir população
“Lamentavelmente, um grupo muito pequeno causou desordem, umas dez ou 15 pessoas encapuzadas”, disse Pacheco.
Apoiada pelo Movimento Estudantil e por outras importantes organizações sociais, a greve geral convocada pela CUT tinha como principais demandas: o aumento do salário mínimo para US$ 500 (frente aos US$ 386 atuais), o fim do sistema previdenciário privado e a criação de um novo código trabalhista.