A polícia russa abriu um processo por vandalismo contra o artista Piotr Pavlenski, que, no último domingo (10/11) pregou os testículos entre os paralelepípedos da Praça Vermelha, em frente ao mausoléu de Lênin. O ato foi em protesto contra o Kremlin.
“Foi aberta uma causa a partir do artigo 'vandalismo' do Código Penal, disse à Agência Efe um porta-voz da polícia de Moscou.
A fonte acrescentou que o artista assinou um compromisso de não sair de sua casa. Já Pavlenski, que agora está em São Petersburgo, negou categoricamente ter assinado o termo e explicou que soube do processo através dos veículos imprensa russos.
“Se as autoridades me prenderem de verdade, será mais um prego em seu próprio caixão, já que com isso demonstrarão claramente o significado da minha ação na Praça Vermelha”, disse ele em conversa telefônica com a Agência Efe.
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Dois dias após o polêmico protesto, Pavlenski foi libertado sem acusações. O tribunal Tverskói da capital russa se negou então a estudar a denúncia apresentada pela polícia “faltando indícios” de crime.
O artista se mostrou então surpreso por sua libertação e a recusa do tribunal a abordar seu caso: “A verdade é que não o entendi o que acaba de acontecer no tribunal. Foi muito inesperado”.
O protesto, chamado pelo artista de “Fixação”, foi realizado durante do Dia da Polícia na Rússia.
Completamente nu, Pavlenski ficou imóvel durante mais de uma hora enquanto olhava seus testículos em uma ação que definiu como “metáfora da apatia, da indiferença política e do fatalismo da sociedade russa atual”.