O avião que transportava o presidente da Bolívia, Evo Morales, foi impedido de sobrevoar e aterrizar para reabastecimento em Lisboa após a suspeita do ex-funcionário da CIA, Edward Snowden estar a bordo nesta terça-feira (03/07). Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores de Portugal afirmou que a decisão foi tomada por “considerações técnicas”, lamentando “qualquer incomodo às autoridades bolivianas”. No entanto o governo português afirma não ter responsabilidade pelo inconveniente, considerando-se “totalmente alheio a esse incômodo”, diz a nota.
A assessoria de imprensa do Ministério de Relações Exteriores confirmou que o plano de voo do avião Falcon 900EX que transportava Morales para Rússia foi autorizado pelas autoridades portuguesas no dia 28 de Junho, para uma viagem do Presidente Evo Morales à Rússia, com escalas em Lisboa em ambos os trajetos – La Paz – Moscou e Moscou – La Paz.
Agência Efe
Avião de Evo Morales foi impedido de pousar em solo português
Essa autorização foi “cancelada por considerações técnicas” na segunda-feira (01/07) um dia antes da viagem de regresso de Evo Morales ao seu país.
“Perante o pedido de esclarecimento das autoridades bolivianas, recebido às 19h19 desse dia, foi esclarecido às 21h10 que as considerações de ordem técnica não obstavam ao sobrevoo do espaço aéreo nacional, tendo para tal sido expressamente concedida nova autorização de sobrevoo. Apenas a aterrissagem não seria possível por considerações técnicas”, afirma o comunicado
O governo português ainda não se pronunciou sobre quais são “os motivos técnicos” que cancelaram o plano de voo do avião boliviano – autorizado na semana passada.
Segundo o comunicado, depois de terem recebido a informação de que o avião que transportava Evo Morales não poderia fazer escala em Portugal, “as autoridades bolivianas continuaram a insistir na aterrissagem do avião presidencial em Lisboa”. O motivo para o pouso, segundo La Paz, era reabastecimento.
Portugal, por sua vez, justifica que as autoridades bolivianas tiveram quase 24 horas para estudar um percurso alternativo e “insistiram em um procedimento que teria violado a soberania portuguesa”.
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