O ministério das Finanças e Preços de Cuba decretou uma alta imediata nos preços dos combustíveis de até 18% para a gasolina e 15% para o diesel. As informações são de um aviso oficial publicado nesta segunda-feira (27/9) no jornal cubano Granma, que atribuiu a medida à instabilidade dos preços internacionais do petróleo.
“O preço médio internacional do petróleo ao longo deste ano é de mais de 25% até o ano de 2009, o que afeta a nossa economia”, disse o comunicado.
A iniciativa faz parte de um conjunto de medidas tomadas pelo presidente Raúl Castro desde agosto para reorganizar a economia cubana, apresentadas como uma “atualização do modelo”.
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A gasolina normal passou de 1 peso conversível (1,08 dólar) para 1,10 peso conversível (1,18 dólar) o litro. A gasolina mais cara, chamada de alta octanagem, passou para 1,60 peso conversível (1,70 dólar).
Minoria
De acordo com o website cubano CubaDebate, a medida afeta pouca parcela da população que têm carros particulares, já que em Cuba a maioria das pessoas utiliza os transportes públicos – que pertencem aos Estado e com isso têm uma cota de combustível predeterminada- para se locomover. Entre os mais prejudicados estão os taxistas, que compram gasolina, mas até agora não estão autorizados a reajustar tarifas. Em agosto, o governo cubano voltou a emitir licenças para taxistas particulares.
O governo cubano manteve os preços dos combustíveis estáveis até 2008, quando aumentou o valor em 60% para acompanhar a valorização do petróleo no cenário internacional. Em dezembro do mesmo ano, porém, os preços foram reduzidos de volta em até 28%.
De acordo com dados oficiais do governo, Cuba consome cerca de 160 mil barris de derivados de petróleo por dia. Destes, mais da metade é importado da Venezuela, país com o qual a ilha mantêm acordos que visam prezam por condições preferenciais de financiamento.
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