A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou nesta noite que os ataques à Síria, realizados em conjunto por Estados Unidos, França e Reino Unido, não tem por objetivo tentar derrubar o regime.
“Trata-se de um ataque limitado e direcionado que não agrava ainda mais as tensões na região e faz que faz todo o possível para evitar mortes de civis”, disse May em um comunicado. A Síria nega veementemente que tenha usado armas químicas no ataque a Duma, no último dia 7. A Rússia, aliada do regime sírio, afirma que o suposto ataque químico é uma “encenação”.
May disse ainda que e a primeira vez que, como primeira-ministra, teve de tomar a decisão de mobilizar as forças armadas do país para um ação de combate. “Esta não é uma decisão que tomei facilmente”, afirmou.
“Fiz isso porque avaliei que esta ação é do interesse nacional britânico. Não podemos permitir que o uso de armas quimícas seja considerado algo normal – dentro da Síria, nas ruas do Reino Unido ou em qualquer outro lugar do mundo. Preferia que tivéssemos um caminho alternativo. Mas nesta ocasião, não havia um”.
Segundo o presidente francês, Emmanuel Macron, os ataques estão circunscritos às instalações do regime sírio que permitem a produção e o emprego de armas químicas. Repetindo o argumento de May, afirou que “não podemos tolerar a banalisação do emprego de armas químicas, que é um perigo imediato para o povo sírio e para a nossa segurança coletiva”.
Macron anunciou também que a França vai retomar os esforços diplomáticos na ONU, onde a Rússia tem utilizado, no Conselho de Segurança, seu poder de veto para impedir que a organização adote resoluções contra o regime de Bashar Al Assad.
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