O primeiro-ministro egípcio, Esam Sharaf, disse nesta quinta-feira (15/09), durante uma entrevista à uma rede de TV turca e retransmitida na TV estatal egípcia que o tratado de paz de Camp David, assinado em 1979 com Israel, não é “sagrado” e está “aberto para discussão”. As informações são da agênia egípcia Mena e das agências de notícias Reuters e France Presse.
“O tratado de Camp David pode a qualquer momento ser discutido ou modificado, pelo interesse da região ou simplesmente pela paz. O tratado de paz não é uma coisa sagrada e pode sofrer mudanças (…) Devemos nos ocupar da raiz do problema, e o problema no Oriente Médio é a ocupação israelense dos territórios palestinos”, declarou o premiê.
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O chefe de governo lembrou, no entanto, que não há intenção de atacar o Estado judeu. “Não há nenhuma força política egípcia pedindo para o cancelamento do tratado nem pelo fim das relações diplomáticas”.
Na última sexta-feira, uma violenta manifestação terminou com a invasão da embaixada de Israel no Cairo.
O exército, atualmente no poder no Egito, afirmou em várias ocasiões que manterá seu compromisso com os pactos internacionais assinados pelo regime de Mubarak, entre eles o tratado de paz. O Egito foi o primeiro país árabe a concluir um acordo de paz com o Estado judaico em 1979.
Em agosto, cinco policiais de fronteira egípcios morreram em bombardeio aéreo das forças de segurança isaelenses, que pediram desculpas pelo ocorrido, mas gerou protestos pelo país.
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