O primeiro-ministro da Suécia, o social-democrata Stefan Löfven, anunciou neste sábado (27/12) que conseguiu um acordo com a oposição e desistiu de convocar eleições antecipadas para março de 2015. O premiê, que lidera um governo de minoria, chamou o pleito após ver, no começo do mês, sua proposta orçamentária ser derrotada por uma manobra da extrema-direita no Parlamento.
Agência Efe
Löfven: acordo significa que Suécia pode ser “governável”
“Este acordo significa que a Suécia pode ser governável, inclusive com uma difícil situação parlamentar”, disse. O pacto para aprovar o orçamento envolve os social-democratas e os Verdes, membros da coalizão minoritária que governa o país, e a Aliança, agrupamento de quatro formações minoritárias de centro-direita. Assim, a possibilidade de os ultradireitistas Democratas da Suécia (DS) voltarem a impedir a aprovação do texto ficou minimizada.
A coalizão de Löfven tem 138 das 349 cadeiras no Parlamento, contra 21 do Partido da Esquerda, que eventualmente vota com o governo, 141 da Aliança e 49 do DS.
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O anúncio vem três dias antes de vencer o prazo que o Executivo tinha para convocar formalmente novas eleições parlamentares.
Orçamento
No começo do mês, Löfven não havia conseguido assegurar a maioria necessária para aprovar o novo plano econômico, que incluía aumento de impostos para financiar gastos públicos e criação de empregos.
Com 13% dos votos, a extrema-direita sueca exige que o governo reverta a legislação imigratória do país. A Suécia — além de ter recentemente reconhecido o Estado da Palestina — oferece residência permanente a todos os refugiados sírios que, apátridas, deixaram a guerra civil do país. Entre os europeus, o país escandinavo tem o maior número de pedidos de asilo.