O primeiro-ministro da Palestina, Rami Hamdala, retirou nesta sexta-feira (21/06) a carta de renúncia que tinha apresentado ao presidente Mahmoud Abbas ontem (20/06), após uma reunião em Ramala.
Abbas conseguiu convencer Hamdala a permanecer no cargo, informou a agência independente Maan, que não deu detalhes do acordo alcançado entre os dois políticos.
Hamdala apresentou ontem sua renúncia após uma forte divergência com os dois vice-primeiros-ministros, Ziad Abu Amr e Mohammed Mustafa, e com o próprio presidente sobre suas atribuições como chefe de governo.
O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina) chamou hoje Hamdala para resolver a nova crise de governo e tentar convencê-lo a desistir de sua renúncia, depois do fracasso das tentativas de dois enviados especiais.
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Tayyip Abdel Rahim, um dos principais assessores presidenciais, e o chefe dos serviços de Inteligência, Majid Faraj, visitaram na noite de quinta-feira o primeiro-ministro em sua residência oficial com o mesmo objetivo, mas não tiveram sucesso.
Hamdala foi designado primeiro-ministro por Abbas no começo de junho após meses de crise institucional por causa da apresentação, em abril, da renúncia do então chefe de governo, Salam Fayyad, precedida por uma gradual piora de relações e perda de confiança entre a Presidência e o Executivo.
Apenas duas semanas após assumir o cargo, Hamdala, que procede do mundo acadêmico e até sua designação era reitor da Universidade An-Najah de Nablus, na Cisjordânia, jogou a toalha por diferenças sobre seus poderes e o que considerou interferências em seu trabalho.
*Com Agência Efe