O candidato do Partido Social da União Democrática à presidência da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse neste terça-feira (15/6) que se eleito manterá a política de anti-guerrilhas do autual governo, motivando a desmobilização com incentivos jurídicos e econômicos.
Anteriormente, em um discurso na sede do governo, o presidente colombiano, Álvaro Uribe pediu para os guerrilheiros das Farc se desmobilizarem e garantiu que o governo buscará mecanismos para a reinserção social de cada um deles.
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Nesse sentido, Santos anunciou que oferecerá dinheiro em troca de informações que facilitem ações militares contra as Farc e para aqueles que entregarem reféns da guerrilha.
Além disso, o candidato prometeu desde já se informar a respeito de termos e instrumentos legais que impeçam a prisão de ex-guerrilheiros que se desliguem. “Eu prefiro um desmobilizado a um capturado e um capturado a um morto”, disse.
Para ele, a desmobilização de um integrante, além de ajudar com informações preciosas, desmoraliza a guerrilha. Entretanto, o próprio candidato assumiu que a medida não será suficiente para acabar com a violência e os conflitos com as Farc no país.
“Estamos dispostos a ajudar financeira e juridicamente, mesmo assim lhes peço para não continuar com esta loucura, isso irá causar apenas mais mortes, sangue e sofrimento “, afirmou.
Já seu opositor Antanas Mockus, candidato pelo Partido Verde, que previu “tempos ruins para os guerrilheiros” disse que o exército deve aproveitar o momento para fazer mais resgate de reféns mantidos pelas Farc.
No último domingo (13/6) quatro pessoas foram libertadas durante operações do exército colombiano. Entre elas estava o coronel William Donato Gómez, que ficou por 12 anos sob o poder da guerrilha. Para Mockus, o sucesso nas últimas operações mostram a competência e a preparação de policiais e soldados.
O candidato acrescentou ainda que este é o “pior momento para este grupo terrorista”, já que as autoridades devem continuar agindo de forma efetiva. “Hoje a Colômbia vive bons momentos, enquanto as Farc enfrentarão maus tempos daqui em diante”, garantiu.
Já Uribe, que ressaltou que sua gestão não tem “sinais de rancor” e age “com disposição e generosidade”, há duas maneiras de dar continuidade as açoes de resgate .
“Um caminho é o da desmobilização, com a libertação dos sequestrados, com o governo buscando um instrumento para a liberdade e com o apoio para refazer suas vidas. O outro é o da persistência no profissionalismo das Forças Armadas para resgatá-los [os reféns]”, “, explicou o presidente.
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