O presidente de Belarus, Alexander Lukachenko, defendeu nesta terça-feira (26/04) a construção de uma central nuclear em uma região bielorrussa contaminada pela radiação da usina ucraniana de Chernobyl, em catástrofe ocorrida há 25 anos.
“A usina atômica em Belarus será construída. É uma questão de tempo”, assinalou Lukachenko, citado pela agência oficial Belta, ao visitar nesta terça-feira várias localidades afetadas pela radiação.
Lukachenko, que obteve um acordo em março com o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, para a construção da usina, lembrou que, na França, 80% da energia é gerada por usinas nucleares.
“Nossos vizinhos bálticos anunciaram a construção conjunta de uma usina nuclear. A Polônia também vai construir uma”, ressaltou.
A construção da usina será incumbência da corporação russa Atom Stroy Export, a mesma que construiu a primeira central atômica iraniana, Bushehr.
Leia mais:
Mangá japonês escrito em 1988 previu acidente nuclear em Fukushima
Ucrânia arrecada 550 milhões de euros para garantir segurança de Chernobyl
Charge: Indicadores japoneses
Japão emite alerta nuclear em nível equivalente ao de Chernobyl
Terremoto de magnitude 6,3 volta a assustar o Japão
Japão elevará acidente de Fukushima ao nível de alerta máximo, igualando Chernobyl
Último terremoto no Japão provoca duas mortes e 132 feridos, segundo autoridades
Lukachenko confirmou que a usina seria construída na região de Grodno, uma das mais afetadas pelo acidente de Chernobyl.
O líder bielorusso, que espera conseguir da Rússia um crédito de bilhões de dólares, considera que seu país precisa produzir com urgência “energia não contaminante”, e ressaltou que a segurança será um dos aspectos mais importantes do projeto. A central gerará 30% de toda a energia elétrica que produzida e consumida no país.
A oposição é contra a construção de usinas atômicas, já que 23% do território nacional foi contaminado por radiação, mas não recebeu autorização para manifestar-se pela ocasião do aniversário da catástrofe de Chernobyl.
Segundo números oficiais, mais de 1,7 milhões de bielorussos (incluindo 360 mil crianças), cerca de 20% da população, ainda sofrem as consequências da radiação de Chernobyl, situada a apenas 25 quilômetros da fronteira bielorrussa.
A Lituânia também expressou sua oposição à construção da central em Belarus, que será construída a 50 quilômetros de sua fronteira, e a considera uma ameaça para o território do país báltico.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL