O presidente da emissora venezuelana Globovisión, Guillermo Zuloaga, foi detido hoje (25) por agentes da polícia quando tentava sair do país. Ele estava em um aeroporto local e pretendia embarcar a Bonaire, ilha das Antilhas Holandesas.
De acordo com a procuradora Luisa Ortega, um tribunal de Caracas emitiu uma ordem de captura contra Zuloaga para impedir uma possível “fuga” do empresário, que é investigado pelo Ministério Público por ter feito declarações contra o presidente Hugo Chávez.
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A investigação foi iniciada a pedido de membros do Congresso venezuelano. Zuloaga é acusado de ter feito críticas contra Chávez durante a recente assembleia da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol).
“Eu tinha intenções de ir a Bonaire – ida e volta – com a minha família, tínhamos planejado ir na Semana Santa. Não recebi nenhuma notificação que diga que tenho problemas, salvo as notícias que apontam que há supostamente uma investigação sobre minhas declarações na SIP”, explicou o empresário ao ser detido.
Por outro lado, oficiais esclareceram que o empresário não pode deixar Caracas em um voo particular, devendo, assim, esperar uma comissão oficial.
Em abril de 2002 um grupo de militares e empresários que se opunham a Chávez – à época já presidente eleito democraticamente – levou adiante um golpe militar para derrubá-lo. Dias antes do golpe, as quatro principais redes venezuelanas (Venevisión, RCTV, Televen e Globovisión) haviam trocado a programação regular por ataques ao presidente.
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