O presidente da Polônia, Lech Kaczyński, e outras 97 pessoas morreram na queda de um avião na manhã deste sábado (10/4) na Rússia, perto da cidade de Smolensk. Ele será substituído interinamente pelo presidente do parlamento polonês, Bronislaw Komorowski. Não houve sobreviventes do acidente.
A primeira-dama, Maria Kaczyński, estava no avião e também morreu.
A agência de notícias polonesa PAP informou que, entre os 96 mortos, 88 eram parte da comitiva polonesa que ia em viagem oficial à Rússia.
O Tupolev TU-154 decolou de Varsóvia, capital da Polônia, e caiu na mata às 10h50 (3h50 de Brasília), quando se preparava para pousar no aeroporto de Smolensk, a cerca de 1,5 quilômetro da pista. De acordo com as primeiras informações da investigação russa, havia um forte nevoeiro perto do aeroporto na hora do acidente. O piloto teria sido instruído a desviar o avião para Moscou, mas se recusado. Segundo o jornal polonês Gazeta Wyborcza, o avião chocou-se e explodiu na quarta tentativa de aterrisagem.
Em Varsóvia, um porta-voz do governo declarou que, segundo a lei polonesa, o governo deverá convocar eleições presidenciais antecipadas.
Lech Kaczyński estava no cargo desde 2005, quando compartilhou o poder com seu irmão gêmeo Jarosław, que foi primeiro-ministro (2006-2007). O irmão do presidente não estava no avião.
Kaczyński e a comitiva polonesa iam para a Rússia para lembrar os 70 anos do massacre de Katyn, um polêmico episódio da Segunda Guerra Mundial que, durante décadas, foi um tema sensível nas relações russo-polonesas.
Na ocasião, agentes soviéticos, sob supostas ordens do Politburo, teriam executado cerca de 22 mil homens com cidadania polonesa, entre militares e civis, sob alegação de espionagem e atividades contra-revolucionárias. A maior parte das mortes teria ocorrido na floresta de Katyn, perto de Smolensk, justamente onde o avião do presidente caiu.
Também faziam parte da comitiva, segundo a PAP, o ex-presidente da Polônia no exílio Ryszard Kaczorowski, o comandante das forças armadas do país, general Andrzej Błasik, o vice-presidente da Câmara dos Deputados polonesa, Jerzy Szmajdzinski, o vice-presidente do Senado, Bochenek Krystyna, além de ministros, vice-ministros, senadores, brigadeiros e generais, o ouvidor do governo e presidentes de estatais.
(Atualizado às 11h48 e às 12h42)
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