O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, visitou neste sábado (15/06) os navios russos que estão atracados no porto de Havana, iniciativa de Moscou para fortalecer sua cooperação com a ilha caribenha.
O mandatário cubano expressou sua gratidão aos marinheiros russos pela oportunidade de visitar a embarcação Almirante Gorshkov e o convés do submarino Kazan.
Segundo ele, a frota russa em Cuba “é a expressão dos laços sólidos e históricos de amizade, fraternidade e cooperação que existem entre os nossos povos, governos e Forças Armadas”.
Recorrimos hoy el interior de la fragata Almirante Gorshkov y la cubierta del submarino Kazán, navíos de la Armada de Rusia, que cumplen visita oficial en el puerto de #LaHabana.
Impresionante y agradable tarde, incluso bajo la persistente lluvia. Bienvenidos, amigos de #Rusia. pic.twitter.com/kvshSRQg8w
— Miguel Díaz-Canel Bermúdez (@DiazCanelB) June 16, 2024
Atracados no porto de Havana até a próxima segunda-feira (17/06), a frota russa estava aberta para visitas dos cidadãos cubanos e foi fechada para receber o presidente cubano.
Neste domingo (16/06), os navios foram reabertos para a população e centenas de cubanos visitam a baía da capital para admirar o submarino nuclear Kazan ou visitar a fragata.
Os interessados em visitar a fragata passam por uma minuciosa verificação de segurança antes de embarcar em grupos de 30 pessoas. Os passageiros recebem uma explicação sobre o navio e então começa o passeio, que inclui a passagem por um dos corredores internos para chegar à sua proa.
A visita também proporciona uma vista diferenciada da Baía de Havana e uma visão de perto do submarino Kazan, uma das principais atrações do destacamento naval.
Segundo o comandante-em-chefe da Marinha Russa, almirante Alexandr Moiseyev, os navios russos chegaram a Cuba como parte da cooperação internacional entre os dois países e como uma extensão das tarefas da viagem de longo alcance.
Apesar do teor turístico e diplomático, a chegada da frota russa gerou conflito com os Estados Unidos, que enviou um submarino nuclear ao território ilegalmente ocupado da Base Naval de Guantánamo, localizada no extremo leste de Cuba, a cerca de 800 quilômetros de Havana.
Cuba rechaçou a atitude norte-americana e o vice-ministro das Relações Exteriores do país, Carlos Domínguez, declarou que apesar de ter sido informado sobre a presença do navio dos EUA conforme os procedimentos estabelecidos entre Havana e Washington, Havana não autoriza a presença do navio em seu território sem convite prévio.
“A presença do submarino dos EUA transitando pelas nossas águas não nos agrada. O navio é pertencente a uma potência que mantém uma política oficial de prática hostil contra Cuba”, declarou o representante.
Poucas horas após os Estados Unidos anunciarem que seu submarino de ataque rápido havia atracado na base naval de Guantánamo, em Cuba, um navio de patrulha da Marinha do Canadá chegou a Havana na madrugada da última sexta-feira (14/06).
(*) Com TeleSUR