O presidente do Egito, Mohamed Mursi, nomeou nesta segunda-feira (27/08) uma equipe de quatro assessores que contam com uma mulher, um cristão copta, um salafista e um dirigente da Irmandade Muçulmana.
Em entrevista coletiva no Cairo, o porta-voz Yasser Ali informou que a equipe será formada pelo intelectual copta Samir Morqos, o líder do partido salafista Al Nour, Emad Abdel Gafur, a professora Pakinam Rashad Hassan, e o dirigente da Irmandade Muçulmana, Esam Ahmed al Haddad.
O porta-voz também explicou que o grupo de conselheiros presidenciais é composto, por enquanto, por dezessete personalidades de distintas tendências políticas e conta com vários intelectuais.
Mursi, que assumiu o cargo em 30 de junho, já havia prometido que haveria, entre seu círculo próximo de dirigentes, uma mulher, um cristão e um ativista de esquerda, embora nos últimos tempos o último perfil tenha se transformado em uma personalidade de ideologia salafista (muçulmanos ultraconservadores).
Na equipe presidencial, Morqos foi designado como assessor para a Mudança Democrática, Pakinam para Assuntos Políticos, Abdel Gafur para Comunicação Social, e Haddad para Relações Exteriores e Cooperação Internacional.
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Enquanto isso, entre os conselheiros figuram o ex-candidato presidencial e pensador islâmico Mohamed Selim al Awa, e o presidente interino do PLJ (Partido Liberdade e Justiça), Esam el Arian.
Neste órgão de conselheiros também está o copta Rafik Habib, dirigente do PLJ, braço político da Irmandade Muçulmana, assim como duas mulheres e vários escritores e jornalistas.
Até sua eleição como presidente do Egito, Mursi era o presidente do PLJ e um dos dirigentes da Irmandade Muçulmana.
Mursi nomeou como conselheiros, além disso, o ex-ministro de Defesa, Hussein Tanatui, o ex-chefe do Estado-Maior, Sami Anan, e o ex-primeiro-ministro, Kamal Ganzouri.
Estes nomes não foram citados pelo porta-voz presidencial, mas ele antecipou que, nos próximos dias, serão anunciados os outros integrantes do grupo de conselheiros do presidente.
A formação da equipe presidencial e a nomeação dos conselheiros era uma das tarefas pendentes de Mursi, o primeiro presidente do Egito após a revolução que desbancou Hosni Mubarak do poder, em fevereiro de 2011.