O presidente do Equador, Rafael Correa, assegurou na noite de quarta-feira que irá manter o asilo ao fundador do Wikileaks, Julian Assange, caso seja reeleito nas eleições de 17 de fevereiro. “Mas é claro. Se as circunstâncias não mudaram, como vamos tirar o asilo?”, disse Correa em uma entrevista à rede de televisão Gama TV.
O presidente reiterou que a solução para o caso do australiano, que permanece isolado na embaixada de Quito em Londres desde 19 de junho, “está nas mãos de Reino Unido, Suécia e da União Europeia em geral”.
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“Nós, de acordo com o direito internacional, demos o asilo, está dada a proteção do Estado equatoriano, mas a prepotência de alguns países é assim. Imagine se nós fizéssemos isso”, afirmou. De acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto, Correa pode ser reeleito no primeiro turno.
Oponente
Em outra entrevista ao mesmo canal na noite de quarta-feira, o banqueiro Guillermo Lasso garantiu que também manterá o asilo a Assange se vencer as eleições, embora tenha ressaltado que o “Equador nunca deveria ter se metido nesta confusão”. O aspirante de direita acrescentou que “buscará resolver o problema dentro do âmbito do direito internacional”.
“A solução não é expor o senhor Assange a uma carnificina, jamais faria isso, é preciso respeitar o direito internacional e agir dentro deste âmbito”, sustentou Lasso. Correa deve ser reeleito no primeiro turno, segundo as pesquisas de intenção de voto, que concedem a Lasso o segundo lugar.
* Com informações da Agência France Presse e da Ansa