O presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse nesta segunda-feira (07/09) ao ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, que o acordo nuclear assinado em julho representa “um compromisso por toda a vida” para o país persa.
García-Margallo se reuniu com Rouhani, acompanhado dos ministros de Fomento, Ana Pastor, e de Indústria, José Manuel Soria.
Rouhani explicou aos ministros espanhóis, que estão em viagem oficial à República Islâmica, que Teerã não está negociando nem assumindo obrigações para 10 ou 15 anos, mas está “negociando para sempre, adquirindo um compromisso por toda a vida”.
Agência Efe
Rouhani, à esquerda, se encontrou com autoridades espanholas nesta terça-feira
A Espanha “pode ter um papel importante nas relações entre o Irã e a comunidade internacional”, disse García-Margallo.
García-Margallo disse que, nesta madrugada, aterrissará em Teerã uma delegação do Conselho de Segurança Nuclear da Espanha que vai colaborar com as autoridades iranianas para que a implementação do acordo aconteça o mais rápido possível e o calendário previsto para o fim das sanções possa ser antecipado.
Esse calendário, insistiu, depende da Agência Internacional de Energia Atômica, que será recebida em Madri dia 26 de setembro.
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Para o ministro de Relações Exteriores, o acordo nuclear entre Irã e o Grupo 5+1 (EUA, França, China, Rússia, Reino Unido e a Alemanha) assinado em 14 de julho para limitar seu programa nuclear em troca do fim das sanções representa o “reencontro” do país persa com a comunidade internacional e “indica um novo período de parceria mútua e recíproca”.
Além disso, essa parceria é importante para a solução de muitos dos conflitos da região, como em Síria, Iraque, Líbano e Iêmen, afirmou o chefe da diplomacia espanhola.
Na opinião de García-Margallo, a primeira jornada no Irã foi “extraordinariamente bem” e foi uma demonstração da diplomacia econômica da Espanha, “bandeira do governo de Rajoy”.
A Espanha e o Irã se comprometeram a assinar uma declaração de intenções para agilizar consultas políticas, que se desenvolverão de forma regular e periódica, assim como em iniciar um seminário conjunto sobre direitos humanos com especial referência à pena de morte.