Agência Efe
Federico Franco minimizou a importância da Unasul, mas disse que dará “toda a atenção” aos parceiros do Mercosul
Em preparação para a sua primeira viagem internacional como presidente do Paraguai, para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, Federico Franco coloca o restabelecimento das relações com os parceiros do Mercosul como uma prioridade para seu governo.
Em entrevista à agência pública de notícias Ipparaguay, Franco também minimizou a importância da normalização dos laços com a Unasul (União das Nações Sul-Americanas), assim como a presença da entidade durante a campanha para as eleições presidenciais de 2013.
“Para nós pouco importa se a Unasul estará ou não [acompanhando o processo eleitoral do país em 2013] com o caráter de observador. Ao Mercosul, que é a nossa prioridade, estará dirigida toda a nossa atenção e todo o nosso desejo de melhorar as relações.”
A declaração de Franco aparece no momento em que forças políticas usam um discurso nacionalista para pedir que o país se distancie do Mercosul, do qual está suspenso devido à deposição de Fernando Lugo.
Desde a sua posse, ocorrida após o golpe que tirou Lugo do poder, em 22 de junho, o novo presidente também vinha fazendo diversas críticas a Brasil, Argentina e Uruguai, especialmente após a adesão da Venezuela ao bloco sem a anuência paraguaia.
Na semana passada, a chancelaria do país havia sinalizado, inclusive, com a possibilidade de pedir uma compensação financeira pelos prejuízos sofridos com a suspensão. Por esses motivos, não deixam de ser surpreendentes as suas palavras. “O problema [do Mercosul] não é com o povo paraguaio, é com o governo. Nossa intenção é retomar as relações profissionais e respeitosas que devem existir.”
NULL
NULL
A suspensão do Paraguai no Mercosul deve durar até a posse do novo presidente do país, que será escolhido em eleição marcada para abril de 2013. Nessa ocasião, outras entidades internacionais, como a OEA (Organização dos Estados Americanos).
Durante sua participação no evento da ONU, na próxima semana, Franco pretende “expor à comunidade internacional o que aconteceu no Paraguai”.