No dia seguinte ao fim do prazo de três dias dado pela Liga Árabe para que o governo sírio parasse com a violência e recebesse observadores internacionais, o presidente da Síria, Bashar Al Assad, afirmou que não se curvará às pressões internacionais.
Assad afirmou, em entrevista ao jornal britânico Sunday Times, que continuará enfrentando as “gangues armadas” que, de acordo com ele, estariam gerando violência nas ruas do país.
O presidente disse ainda que essas gangues estariam colocando em risco a estabilidade e a unidade da Síria.
Ultimato
O prazo dado pela Liga Árabe terminou neste sábado e Assad, inicialmente, havia concordado com o plano de paz. No entanto, o presidente teria pedida algumas mudanças no texto. Principalmente no que diz respeito ao número de observadores estrangeiros no país, que seria reduzido de 500 para 40.
Enquanto a Liga Árabe ainda analisa as reivindicações de Assad, o presidente sírio acusou o organismo de criar um pretexto para uma invasão ocidental na Síria.
Segundo ele, a ação poderia provocar um terremoto no Oriente Médio.
Mortos
Neste sábado, os confrontos entre manifestantes e as forças nacionais não cessaram, causando a morte de pelo menos 27 pessoas. Os dados são do Observatório Sírio de Direitos Humanos, um grupo de oposição baseado na Grã-Bretanha.
Os últimos dados da ONU (Organização dos Direitos Humanos) afirmam que pelo 3,5 mil pessoas já morreram na Síria desde o início dos protestos contra o governo, em março.
Assad, ainda em entrevista neste domingo, afirmou que realizará eleições em fevereiro ou março para que a população possa escolher representantes no Parlamento e criar uma nova Constituição.
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