A violência utilizada pelo regime do coronel Muamar Kadafi contra os manifestante que pedem sua renúncia tem provocado revolta não apenas em seus opositores. Nesta quinta-feira (24/02), Ahmed Gadhaf al Dam, primo do líder líbio e porta-voz do governo na pasta dos Negócios Estrangeiros renunciou ao cargo.
Segundo a rede de televisão Al Arabiya, al Dam alega que sua demissão é uma forma de protesto pela dura repressão contra os manifestantes que pedem o fim do regime de Kadafi, no poder desde 1969.
A Al Arabiya informou que Gadhaf al Dam pedirá asilo político no Egito. Para o primo de Kadafi, o governo líbio esta “violando os direitos humanos e as leis internacionais” com a dura repressão contra os manifestantes.
Gadhaf al Dam era um dos elementos mais próximos do líder e uma importante peça política no governo líbio, há 42 anos no poder.
Leia mais:
Leste da Líbia permanece calmo e sob controle de “conselhos populares”
Suíça ordena bloqueio de eventuais fundos de Kadafi e sua família
Kadafi responsabiliza Al-Qaeda por tumultos na Líbia
Crise na Líbia eleva preço do petróleo
Filho de Kadafi nega bombardeios em áreas urbanas da Líbia
Kadafi garante que está em Trípoli em rápida aparição na TV
Pilotos de caça líbios fogem para Malta alegando se recusar a atacar manifestantes
Bombardeios aéreos em Trípoli deixam ao menos 250 mortos, segundo Al Jazeera
Desde quarta-feira (22/02), o regime de Kadafi apresenta uma série de
fraquezas. Segundo informações provenientes das mais variadas fontes
confirmam que amplas regiões do país, em especial ao leste, começam a
se libertar do domínio do regime de Trípoli.
Na cidade de Benghazi, segundo o jornal Quryna, as autoridades locais desistiram de exercer suas funções devido à pressão das ruas. Os habitantes, por sua vez, decidiram assumir os assuntos da cidade. Comitês populares foram constituídos para solucionar algumas questões, tais como a recuperação das armas utilizadas por alguns manifestantes em ataques aos quartéis e delegacias de polícia.
Antes de Gadhaf al Dam, inúmeros diplomatas e embaixadores líbios, além de vários oficiais e tropas do exército deixaram os respectivos cargos, sendo que muitos deles aderiram aos protestos. A maior fragilidade do governo, porém, ficou evidente com a renúncia do ministro do Interior e antigo companheiro de armas de Kadafi, o general Abdul Fatah Younis. Ele foi o terceiro membro do gabinete a abandonar o cargo, como reação à repressão contra os manifestantes.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL