Produtores dos países do Grupo Cairns (GC) buscam estabelecer uma estratégia para avançar nas negociações sobre a liberalização do comércio de bens agrícolas hoje (20/4). O grupo tem a participação do diretor-geral da OMC (Organização Mundial de Comércio), Pascal Lamy.
A 35ª reunião de ministros do GC, que reúne 19 países que geram 25% das exportações agrícolas mundiais, terá como objetivo analisar de forma conjunta uma forma de concluir a Rodada de Doha, iniciada em 2001 pela OMC, que deveria ter sido concluída em 2005. O GC exige fortes cortes nas tarifas alfandegárias e a supressão total dos subsídios às exportações agrícolas vigentes nos países desenvolvidos, mas as negociações avançam com dificuldade.
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“Não vamos permitir que a frustração derrote a ambição”, disse ontem (19/4) à AFP Simon Crean, ministro do Comércio australiano e atual presidente do grupo, referindo-se aos cinco anos de bloqueio nas negociações.
Além de suas ambições, o Grupo Cairns “também tem um papel construtivo, estimulando a aproximação entre as partes” e favorecendo as negociações bilaterais em meio às multilaterais, inclusive entre países que não integram o grupo, destacou Crean a um grupo de jornalistas de agências internacionais.
Também são convidados especiais os ministros de Agricultura e Comércio de Japão, China, Índia e Egito, o secretário de Economia do México, os comissários de Comércio e Agricultura da União Europeia e o presidente do Grupo de negociações agrícolas da OMC, David Walker.
O Grupo Cairns é integrado por Argentina, Austrália, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Filipinas, Guatemala, Indonésia, Malásia, Nova Zelândia, Paquistão, Paraguai, Peru, África do Sul, Tailândia e Uruguai.
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