A Promotoria egípcia pediu nesta quinta-feira (05/01) a pena de morte do ex-presidente Hosni Mubarak. A acusação argumenta que o governante estaria envolvido na morte de manifestantes durante os protestos que culminaram em sua renúncia.
A justiça do país também recebeu pedidos para que o ex-ministro do Interior, Habib al Adli, e seis de seus ajudantes também sejam enviados à forca.
O promotor Mustafah Khater lembrou em seu requerimento que a pena de morte é a punição prevista pelo Código Penal egípcio para o crime de assassinato premeditado.
Efe
Mustafa Suleiman, chefe da promotoria, reiterou que “o presidente da República é responsável pela proteção do povo”. A questão, segundo ele, “não é apenas se ele ordenou a morte dos manifestantes, mas saber por que ele não atuou para interromper a violência”.
Suleiman rejeitou as alegações de que Mubarak não havia sido informado sobre as tensões entre manifestantes e forças de segurança pública. O ministro do interior, Habib el Adli, mais além, “não poderia ter dado a ordem de abrir fogo contra os manifestantes sem receber instruções”.
O caso
Mubarak é processado ao lado de seu ex-ministro do Interior, Habib al Adli, e outros seis ajudantes por seu suposto envolvimento na morte de vários manifestantes que pediam o fim de seus mais de 30 anos de governo.
Além disso, ele também é julgado por um suposto ato de corrupção praticado em conjunto com seus filhos, Gamal e Alaa.
Na última terça-feira (03/01), a corte concluiu a fase probatória do processo e escutou as últimas alegações da acusação e da defesa. A justiça do país caminha agora para uma sentença final para o caso.
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