A Promotoria sueca recorrerá da decisão de um juiz britânico de libertar sob pagamento de fiança o fundador do portal Wikileaks, Julian Assange, acusado pela Suécia de supostos crimes sexuais, informou nesta terça-feira (14/12) seu advogado, Mark Stephens.
Em declaração às portas da Corte de Magistrados de Westminster, de Londres, Stephens lamentou que as autoridades suecas não acataram a decisão do magistrado e disse que estas não economizarão para manter seu cliente na prisão.
Assange deverá permanecer em prisão preventiva durante a tramitação do recurso, o que se produzirá nas próximas 48 horas no Tribunal Superior de Londres.
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Previamente, o juiz Howard Liddle, da Corte de Magistrados de Westminster, tinha concedido ao fundador do WikiLeaks a liberdade após o pagamento de uma fiança de 240 mil libras (282.720 euros), das quais 200 mil deveriam ser pagas na hora.
Stephens explicou que seu cliente não poderia ser libertado até que eles reunissem as 200 mil libras, o que, segundo ele, não era tão fácil.
“Até reunirmos essa quantia, teremos um homem inocente na prisão”, disse Stephens, que criticou as condições em que seu cliente se encontrava na cadeia.
Horas antes, ele havia declarado que Assange estava em uma cela de isolamento na prisão londrina de Wandsworth, onde teve a correspondência censurada.
Apoio
Segundo o advogado, Assange recebeu o apoio de várias personalidades, entre elas do cineasta inglês Ken Loach, da milionária Jemima Khan, do jornalista australiano John Pilger, do escritor britânico Hanif Kureishi e do diretor de cinema americano Michael Moore.
Outras condições fixadas pelo juiz são que Assange deverá usar um bracelete eletrônico de controle e entregar seu passaporte à Polícia.
Além disso, deverá permanecer em uma residência de Suffolk (leste da Inglaterra) até seu comparecimento perante a corte, previsto para 11 de janeiro.
Stephens disse que seu cliente ficou “muito satisfeito” com a sentença do juiz e que manifestou sua “confiança na Justiça britânica”.
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