O assassinato de um ecologista por um policial provocou uma série de manifestações em dezenas de cidades na França. O saldo da mobilização foi de pelo menos 40 pessoas detidas neste sábado (22/11). Remi Fraisse morreu há um mês após a polícia lançar uma granada em um grupo que protestava contra a construção de uma represa em Sivens, no sul do país.
Agência Efe
Jovem durante protestos em Toulouse, no sul da França
Desde a morte do jovem, diversos protestos têm sido realizados no país. O caso ganhou comoção por ser a primeira morte registrada em uma manifestação desde 1986.
“Polícia por todas as partes, Justiça em parte alguma”, “policiais assassinos”, “não esquecemos, não perdoamos”, foram algumas das palavras de ordem das mobilizações.
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De acordo com a imprensa local, a manifestação ocorreu de maneira pacífica nas primeiras horas, mas depois ocorreram incidentes violentos quando a polícia bloqueou a passagem dos manifestantes e lançou gás lacrimogêneo e utilizou carros de lançar água para dispersá-los.
Remi Fraisse, de 21 anos, foi assassinado em Sivens em 26 de outubro em enfrentamentos com forças policiais quando estes lançaram uma granada enquanto um grupo de ativistas protestava contra a construção da represa, no estado de Tarn.
Após os acontecimentos, as autoridades pediram a paralisação temporária dos trabalhos de construção da represa e proibiram de maneira definitiva que as forças policiais utilizem granadas contra manifestações.