Pelo menos três pessoas morreram e 1.049 ficaram feridas durante os choques entre manifestantes e as forças de segurança na noite de sexta-feira (09/09) nos arredores da Embaixada de Israel no Cairo, segundo a agência de notícias estatal egípcia, Mena. Forças de segurança disseram à Agência Efe que duas mortes foram causadas por ataques cardíacos.
Anteriormente, a Mena tinha falado de uma morte por ataque de coração e 837 feridos durante os incidentes junto à embaixada, onde, segundo a Agência Efe pôde constatar, centenas de manifestantes continuam reunidos neste sábado no meio de um forte desdobramento de segurança, embora já não se registrem choques.
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Cerca de 20 militares, apoiados por quatro carros de combate, estão a postos na entrada do local, enquanto os manifestantes cantam palavras de ordem contra Israel. A rua onde se encontra a embaixada, no lado oeste do Nilo, voltou a ser aberta ao trânsito, apesar de ainda ter sinais da batalha da noite de sexta-feira, onde pneus e carros foram incendiados.
Muitos manifestantes dormem nos portais dos edifícios adjacentes ao da legação. Um dos ali presentes, Ahmad Saber, explicou à Efe que voltou ao local porque não aceita a presença israelense no Egito. “Queremos acabar com a relação entre os dois países, a saída do embaixador (israelense) foi um primeiro passo, mas não vamos parar até que se cortem as relações totalmente”, afirmou Saber.
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O primeiro-ministro egípcio, Essam Sharaf, presidiu neste sábado uma reunião do gabinete de crise para revisar a situação interna após os fatos na noite de sexta-feira e a saída do país do embaixador israelense, Yitzhak Levanon. A agência egípcia destacou que a reunião se centrou no episódio da embaixada israelense, a tentativa de invadirem a sede da Direção de Segurança de Giza, vizinha à legação diplomática, e “a agressão à sede do Ministério do Interior”.
O Egito lutou contra Israel em quatro guerras – 1948, 1956, 1967 e 1973 -, que culminaram com um tratado de paz assinado em Washington em 26 de março de 1979 pelo então presidente egípcio, Anwar al Sadat, e o primeiro-ministro israelense, Menachem Begin, e o norte-americano, Jimmy Carter.
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