O governo do Chipre, pequena ilha localizada no mar Mediterrâneo, divulgou nesta segunda-feira (25/06) sua intenção de pedir um resgate financeiro para o seu sistema bancário. Em comunicado oficial, o governo de Nicósia afirmou que irá “apresentar uma solicitação aos países-membros da zona do euro de um apoio econômico do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF)”.
EFE
O presidente cipriota Dimitris Christofías (direita) recebe o comissário europeu Stefan Fule.
A nota do Executivo cipriota acrescentou que o objetivo do resgate é “a redução dos riscos que a economia enfrenta, em particular as consequências negativas da exposição do setor bancário à economia grega”. O país tem pressa e precisa assegurar a recapitalização da sua banca antes do dia 30 de junho, data limite oferecida pela Autoridade Bancária Europeia (EBA, sua sigla em inglês) para os bancos europeus cumprirem os requisitos mínimos de capital exigidos pelo órgão.
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O presidente do país, Dimitris Christofías, convocou os líderes dos partidos políticos em uma reunião para discutir o tema, segundo a Agência Efe. O encontro será realizado na próxima terça-feira e foi acertado horas após o rebaixamento da nota da dívida cipriota pela agência Fitch.
Segundo a Reuters, o Chipre possui a terceira menor economia do grupo europeu e precisa arrecadar o equivalente a 10% do seu PIB (Produto Interno Bruto). Duas entidades, o Banco do Chipre e o Laiki Bank, possuem um rombo de 3 bilhões de euros, a situação das instituições se deteriorou após o acerto do corte de 50% da dívida da Grécia, na esteira do segundo pacote de resgate do país helênico.
Durante semanas, o país europeu analisava se pedia ajuda aos fundos europeus ou se formalizava um pacto bilateral com a Rússia ou a China. Chipre irá assumir a Presidência da União Europeia no próximo dia 1º de julho.