O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quinta-feira (16/04) que a economia do país “superou o pico das dificuldades” provocadas pelas sanções, impostas após a crise na Ucrânia e a anexação da Crimeia, e pela queda histórica do preço mundial do petróleo mundial.
EFE
Putin respondeu hoje a perguntas durante uma sessão de entrevista chamada 'Linha Direta', que acontece anualmente na televisão russa
Embora tenha admitido que as sanções tiveram impacto negativo para as famílias, já que provocaram uma inflação maior, o chefe do Kremlin acrescentou que essas penalizações definidas pelas potências ocidentais foram usadas para “corrigir a política econômica russa”.
Desde o início de março, o rublo teve uma valorização de até 40%. Nesta quinta, o dólar foi negociado a 49,6 rublos. No pico da crise de desvalorização, em dezembro passado, a cotação chegou a 80 rublos.
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Com panorama positivo com fortalecimento do rublo e melhor desempenho nos mercados, Putin também afirmou – ao contrário do que dissera em outras ocasiões – que a economia conseguirá crescer em menos de dois anos. “Pode ser mais rápido”, sintetizou.
Em dezembro passado, a Rússia passou por uma grave crise econômica, a maior dos 15 anos de Putin à frente do Kremlin. Naquele mês, as ações dos dois principais bancos do país – o Sberbank e o VTB – chegaram a cair 18% e 14%, respectivamente, na Bolsa de Valores de Moscou, e também foram afetados pelo bloqueio de acesso a crédito externo por conta das sanções.
Outras empresas russas, como a gigante de energia Gazprom (controlada pelo Estado russo) também tiveram queda. A Apple fechou a loja virtual que mantinha no país por causa da volatilidade da moeda e, em Moscou, houve longas filas para a troca de rublos por dólar.
EFE/arquivo
Equipe econômica da Rússia vê rublo se descolando da situação do petróleo em dezembro