O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu nesta segunda-feira (01/09) “bom senso” aos europeus, que ameaçaram Moscou com a aplicação de novas sanções a partir desta semana por causa da crise na Ucrânia. Além disso, o líder russo fez crítica e disse que a Europa “ignora as ações militares” ucranianas contra civis.
Efe
Putin, sobre separatistas: eles querem que “essas forças armadas e sua artilharia recuem, para que não atinjam bairros residenciais”
“Espero que o bom senso prevaleça (…) e que nem nós, nem os nossos parceiros provoquemos danos com estas provocações recíprocas”, afirmou o chefe de Estado russo durante uma visita à cidade de Iatkutsk, na Sibéria. “O Exército ucraniano ataca diretamente bairros habitados”, lamentou Putin. “E, infelizmente, muitos países, inclusive na Europa, preferem ignorar”, continuou.
Ele também defendeu a atuação dos grupos separatistas. “O objetivo das milícias é fazer com que essas forças armadas e sua artilharia recuem, para que não atinjam bairros residenciais”, explicou.
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As declarações de Putin acontecem um dia após dos líderes da União Europeia terem dado uma semana à Rússia, para recuar na intervenção nos conflitos no leste da Ucrânia. Caso contrário, a UE aplicará um novo pacote de sanções.
As autoridades russas já disseram que estão preparadas para essas medidas. No mês passado, a Rússia proibiu a importação de uma grande parte dos produtos alimentares da UE e dos Estados Unidos.
“Intervenção militar”
Mais cedo, o ministro das Relações Estrangeiras russo, Sergei Lavrov, comentou as ameaças de sanção e afirmou que a Rússia não ia “fechar a porta” ao comércio com o Ocidente, nem sair da OMC (Organização Mundial do Comércio).
Lavrov disse que as forças ucranianas devem recuar das posições das quais possam atingir alvos civis e acrescentou que não haverá uma intervenção militar russa na Ucrânia. “Somos a favor de uma solução exclusivamente pacífica para esta grave crise”. Ele também disse confiar na reunião do Grupo de Contato sobre a Ucrânia, prevista para esta segunda-feira, em Minsk. O encontro discutirá a instauração de um cessar-fogo imediato e incondicional.