Um questionário online para jurados da corte do condado de DeKalb (onde fica parte de Atlanta), no estado norte-americano da Geórgia, lista “escravo” como uma opção de trabalho, segundo divulgou a filial da NBC na cidade, 11Alive, nesta terça-feira (26/11).
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A surpresa foi descoberta por um homem enquanto preenchia a ficha: ao procurar pela letra “s” para escrever sua ocupação, vendas (sales, em inglês), ele se deparou com a opção escravo (slave).
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A administradora da corte de DeKalb, Cathy McCumber, disse à 11Alive que o questionário está no ar há um mês, mas é baseado em uma lista interna criada 13 anos atrás, a qual tem 62 páginas. Ela não soube dizer se a opção “escravo” está na lista desde sua criação ou se foi adicionada depois de o questionário ter sido colocado na internet e nem pôde explicar por que essa opção existia.
No tribunal, na segunda-feira (25), moradores de DeKalb reagiram com indignação e incredulidade à informação de que o questionário contava com esse título ofensivo de trabalho. “Isso não é uma ocupação, ser escravo não é uma ocupação”, disse Cheryl Glass. “Então eles estão dizendo que foi um erro? Eu não acho. Por que isso é uma opção? Uau”, afirmou Bridgette Mathis, que mora no local.
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A companhia que desenvolveu o software afirmou que as opções do menu da pesquisa são preenchidas pelo condado. “Esperamos que seja só uma falha e que seja resolvida logo”, afirmou Anna Wyatt, residente na região. “Não faz sentido, mas, ao mesmo tempo, as pessoas cometem erros”.
McCumber afirmou que a palavra foi removida do formulário online uma hora depois de o caso ter chegado às autoridades do condado. Entretanto, descobrir como e por que a opção estava no questionário deve levar ainda um longo tempo.
Até um mês atrás, os candidatos a jurados deviam preencher o questionário a mão e enviá-lo pelo correio para o tribunal. O formulário online foi criado para facilitar o processo de candidatura e torná-lo mais eficiente.