O presidente de Cuba, Raúl Castro, participou neste domingo (01/05) de um desfile pela comemoração de 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, em Santiago de Cuba, a 900 quilômetros a leste de Havana.
Raúl, que foi eleito primeiro-secretário do PCC (Partido Comunista de Cuba) no Sexto Congresso da legenda, em substituição a seu irmão, Fidel Castro, desfilou em trajes militares às 7h locais (8 no horário de Brasília).. Santiago é uma cidade considerada heróica para os trabalhadores cubanos.
Com a participação do chefe de governo no ato em Santiago de Cuba, a comemoração de Havana iniciou-se meia hora depois e contou apenas com a presença do chefe da CTC (Central de Trabalhadores de Cuba), Salvador Valdés Mesa, e do vice-presidente e segundo secretário do PCC, José Ramón Machado Ventura.
O dia 1º de maio tradicionalmente é comemorado em Cuba com desfiles em todas as províncias e um ato central em Havana. Neste ano, além das bandeiras cubanas, cartazes com as palavras “Unidade, Produtividade e Eficiência” marcaram as comemorações de 2011.
O desfile deste ano demonstra o respaldo do povo cubano às resoluções do Sexto Congresso do PCC, segundo Mesa, também membro do Escritório Político do partido, em entrevista ao jornal estatal Granma.
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“O socialismo é nossa opção”, afirmou ele durante o ato, prometendo o respaldo dos trabalhadores cubanos “aos acordos do Congresso do Partido e as orientações da política econômica e social da revolução”.
“Temos que fazer nossa a decisão de que as consígnias de trabalho, produtividade, eficiência e economia não fiquem aqui”, indicou o líder sindical na entrevista.
Entre as mudanças no regime aprovadas no Congresso de abril, está uma resolução que prevê o “planejamento e tendências de marcado”, a autonomia para empresas estatais e o “desenvolvimento de novas formas de gestão”.
As reformas econômicas, que já estavam em curso com medidas do governo de Raúl Castro, pretendem promover algumas formas de investimento estrangeiro e a abertura para algumas iniciativas privadas. As novas políticas, porém, devem passar pela Comissão Permanente para a Implementação e Desenvolvimento das Diretrizes.
No início do ano, o Estado demitiu meio milhão de trabalhadores de empresas estatais, cumprindo com a primeira meta de demissões. Ao todo, o governo pretende eliminar até 1,3 milhão de postos no Estado, o que equivale a 20% dos empregos em Cuba.
O governo cubano também abriu 178 atividades econômicas no país para a iniciativa privada, como forma de absorção das pessoas que ficarem desempregadas. Até então, o Estado administrava 90% da economia nacional. O anúncio das reformas econômicas foi feito um ano após a economia, principalmente a agricultura, sofrer com a crise mundial de 2008.
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