A rede de prostituição da cidade espanhola Girona atraía suas vítimas por e-mail e pelas redes sociais na internet, chegando a levar à Espanha uma centena de homens e mulheres procedentes do Brasil para serem explorados sexualmente, informou nesta quinta-feira (30/9) a Polícia espanhola.
A operação desarticulada na semana passada terminou com 22 pessoas presas por favorecer a imigração ilegal e cometer crimes de prostituição, formação de quadrilha e contra os direitos dos trabalhadores. Os depoimentos de seis pessoas que tinham sido vítimas da organização deram início às investigações em abril de 2009.
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Foram presas também 18 prostitutas que não tinham permissão para morar e trabalhar na Espanha, motivo pelo qual foi aberto um processo administrativo para deportar essas mulheres.
Após um ano e meio de investigações em colaboração com as autoridades brasileiras, a Polícia espanhola conseguiu desarticular a rede, que explorava sexualmente tanto mulheres como homens e transexuais.
As vítimas contraíam dívida com os membros da organização que oscilava entre 2,5 mil e 9 mil euros, que tinham de pagar se prostituindo.
Essa dívida ia aumentado de forma arbitrária com conceitos como o pagamento de multas por infringir normas de comportamento ou pagamento pelo uso da eletricidade, telefone ou televisão.
A quantia recebida pelo primeiro serviço era sempre para o prostíbulo, a segunda para pagar parte da dívida contraída com a rede e a partir do terceiro serviço o clube ficava com um terço do dinheiro e o resto era para a vítima, que o usava para saldar o resto da dívida com os exploradores.
Durante a operação, a Polícia investigou sete domicílios, nos quais foram encontrados 74.203 euros em dinheiro, 400 gramas de maconha e duas balanças de precisão.
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