Segundo um relatório psiquiátrico divulgado nesta terça-feira (10/04), o ultradireitista norueguês Anders Behring Breivik, autor confesso dos atentados que vitimaram 77 pessoas em Oslo, em julho do ano passado, está em plena posse de suas faculdades mentais e é, portanto, penalmente responsável por seus atos.
Agência Efe
Um primeiro estudo, conduzido por outra equipe de psiquiatras e apresentado no último mês de novembro, havia concluído que Breivik sofria de esquizofrenia paranóica e que, como encontrava-se em estado psicótico quando realizou os atentados, não poderia responder legalmente por seus atos.
Se essa segunda perícia tivesse diagnosticado algum distúrbio psiquiátrico, os promotores seriam obrigados a pedir sua internação em um hospital por tempo indeterminado, o que manteria Breivik sem uma previsão de reingresso na sociedade.
Agora que os médicos concluíram que “o paciente não tem uma doença psíquica grave que debilite de forma significativa sua capacidade para analisar de forma realista sua relação com o mundo”, ele poderá permanecer recluso, se condenado, por no máximo 21 anos. Mais além, o relatório ainda ressalva que existe um “alto risco” de reincidência de seu comportamento violentos.
Outros fatores como a observação do comportamento de Breivik ao longo do julgamento e o fato de ele mesmo ter reiterado que não é um doente mental podem determinar a decisão definitiva.
O promotor Svein Holden declarou nesta terça-feira (10/040 que, embora não vá alterar sua acusação contra Breivik, o diagnóstico do segundo relatório permite modificar o pedido inicial de entrada em um hospital psiquiátrico. “Constatamos que os analistas não estão de acordo e dedicaremos os próximos dias para averiguar a que se deve esse desacordo”, afirmou.
Breivik detonou um carro-bomba no dia 22 de julho de 2011 no complexo governamental de Oslo, deixando oito pessoas mortas. Logo em seguida, dirigiu-se para a ilha de Utoeya, a
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