A reunião prevista para a próxima terça-feira (21/06) no Cairo, Egito, entre os líderes grupos palestinos Fatah e Hamas foi adiada devido a divergências irreconciliáveis entre as partes.
A informação foi transmitida à imprensa neste domingo (19) em Ramala por um destacado membro do Comitê Central do Fatah, Azam al-Ahmad, que garantiu que “os dois movimentos acertaram buscar uma nova data para o encontro”.
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A reunião deveria contar com a participação do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina) e líder do movimento nacionalista Fatah, Mahmoud Abbas, e do chefe político do grupo Hamas, Khaled Meshaal. Os dois deveriam ratificar a reconciliação palestina com o anúncio de um novo governo de transição, mas as diferenças entre os dois movimentos continuam sendo muito grandes, em particular no que se refere a quem deve ostentar o cargo de primeiro-ministro do novo Executivo.
Fontes palestinas indicaram que o Egito tentou atenuar as hostilidades entre Hamas e Fatah, mas não conseguiu resolver a situação. Por sua vez, o representante do Hamas Salah al-Bardawil afirmou que realizará uma consulta com a direção do movimento islâmico antes de se pronunciar sobre as declarações de Al-Ahmad.
Abbas havia designado o primeiro-ministro da ANP na Cisjordânia, Salam Fayyad, como candidato a liderar o novo governo interino, opção que o Hamas descartou por considerar que ele é responsável pela divisão palestina.
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Fayyad é uma figura que conta com o apoio da comunidade internacional e, segundo analistas, foi nomeado por Abbas para liderar o próximo Executivo de unidade palestino para evitar o isolamento ou possíveis sanções de um governo com o Hamas. Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas uma organização terrorista e exigem que reconheça o Estado judeu, os acordos assinados entre israelenses e palestinos, assim como a renuncia à luta armada.
O acordo de unidade firmado no último mês de maio entre Fatah e Hamas teve por objeto consolidar a reconciliação e acabar com a divisão que impera entre os dois movimentos rivais – o primeiro governa na Cisjordânia e o segundo em Gaza – desde que os islâmicos tomaram o controle deste último território há quatro anos.
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