Os ministros de Economia e Finanças do G7, grupo que reúne Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, emitiram uma nota nesta segunda-feira (14/02) em que afirmam que a Rússia pagará um alto preço no caso de um ataque à Ucrânia.
“A nossa prioridade imediata é apoiar os esforços para uma desaceleração da situação. Qualquer outra agressão à Ucrânia será recebida com uma ação coordenada e vigorosa. Estamos preparados para impor coletivamente sanções econômicas e financeiras com consequências enormes e imediatas contra a economia russa”, diz a nota oficial.
O G7 – que inclusive era G8 até 2014 e excluiu a Rússia de seu quadro após a anexação da península ucraniana da Crimeia, no início da crise na região – ainda ressaltou que o aumento da presença militar das tropas de Moscou nas áreas de fronteira “é motivo de grande preocupação”.
A crise na Europa oriental piorou após o fim de semana, quando os Estados Unidos voltaram a reiterar que os russos farão um ataque a qualquer momento e os países ocidentais começaram a orientar seus cidadãos a deixarem a Ucrânia o mais rápido possível.
Por sua vez, o Kremlin voltou a reiterar que não vai atacar o país vizinho e que as acusações não passam de “histeria e alarmismo”.
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‘Qualquer outra agressão à Ucrânia será recebida com uma ação coordenada e vigorosa’, disse G7
O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, conversou por telefone com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, neste sábado (12/02).
“Como observou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, a resposta de Washington e Bruxelas relativamente aos projetos de tratado russo-americano e ao acordo com a OTAN sobre garantias de segurança ignora os aspectos fundamentais para nós, nomeadamente sobre a não expansão da aliança e não implantação de sistemas de armamentos ofensivos perto das fronteiras russas”, disse a chancelaria russa após o telefonema.
Mais cedo, o órgão havia acusado a Casa Branca de querer “a guerra”. “A histeria da Casa Branca diz tudo. Os anglo-americanos querem a guerra”, disse a porta-voz do ministério, Maria Zakharova.
O embaixador russo em Washington, Anatoly Antonov, corroborou com o discurso e disse que “as declarações do conselheiro para a Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, são alarmistas” e que “não há nenhuma prova que Moscou quer atacar antes ou depois das Olimpíadas [de Pequim]”, como vem falando a mídia norte-americana.
*Com Ansa e Sputnik