O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, afirmou nesta quinta-feira (24/3) que não há provas de que o regime líbio tenha adotado passos para estabelecer um cessar-fogo, tal como exigido pelo Conselho de Segurança da organização nas resoluções 1.970 e 1.973.
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“Não vemos provas de que este seja o caso. Pelo contrário, prosseguem as ferozes batalhas ao redor das cidades de Ajdabiya, Misrata e Zitan, entre outras”, disse Ban, em reunião do principal órgão de segurança das Nações Unidas para avaliar a intervenção internacional no conflito líbio.
O secretário-geral desprezou as repetidas afirmações do regime de Muammar Kadafi dando conta de que havia declarado um cessar-fogo, como assegurou pessoalmente a Ban o primeiro-ministro líbio, Mahmoud Baghdadi, em uma conversa por telefone em 19 de março.
“Ao contrário, não há provas de que as autoridades líbias tenham adotado passos para cumprir suas obrigações sob as resoluções 1.970 e 1.973”, insistiu Ban.
Para tentar conseguir o fim dos combates, explicou, a UA (União Africana) realizará uma reunião em Adis-Abeba à qual comparecerão representantes do regime e da oposição com o objetivo de “alcançar um cessar-fogo e uma solução política”.
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O enviado especial da ONU para a Líbia, o ex-ministro de Relações Internacionais jordaniano, Abdel Ilah al Khatib, viajará na próxima sexta-feira (25/3) à capital etíope para assistir ao encontro, no qual também se espera a participação de outras organizações regionais e países-membros da ONU.
A reunião desta quinta-feira (24/3) do Conselho de Segurança já estava contemplada na mesma resolução 1.973 adotada em 17 de março, na qual foi aprovado o uso de “todas as medidas necessárias” para garantir a segurança da população civil ameaçada pelas forças de Kadafi, incluindo a criação de uma zona de exclusão aérea.
Em seu pronunciamento, o secretário-geral afirmou que a comunidade internacional adotou estas medidas “para evitar uma crise ainda pior”.
Além disso, confirmou que os países que informaram à ONU sobre sua participação nas ações na Líbia são Reino Unido, França, EUA, Dinamarca, Canadá, Itália, Catar, Bélgica, Noruega, Espanha e Emirados Árabes Unidos.
Ban reiterou a “grave preocupação” das agências humanitárias da ONU acerca da situação da população civil afetada pelos combates entre as forças de Kadafi e os rebeldes, à qual não se tem acesso.
Pelo menos 335.658 pessoas abandonaram o país norte-africano desde o início da crise, no mês passado.
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