Pela primeira vez em 10 anos, a dissidência cubana não foi convidada para a recepção diplomática na Seção de Interesses dos Estados Unidos em Cuba (SINA). Em substituição, os funcionários norte-americanos chamaram dezenas de artistas, intelectuais e acadêmicos.
A maioria dos presentes era formada por pessoas que vivem em Cuba e estão de alguma forma ligadas ao governo. Nenhum deles compareceu ao evento durante os anos de administração de George W. Bush.
As autoridades da SINA não pareceram querer ocultar a mudança de política. Foram convidados também representantes da mídia estrangeira, que noticiariam o fato em extensão.
Um dos funcionários confirmou à BBC Mundo que “os dissidentes não foram convidados” para a ocasião porque pela primeira vez desde Bill Clinton, “foram privilegiados artistas, intelectuais e acadêmicos”.
Membros da sede diplomática dos Estados Unidos disseram que as atividades devem ser repetidas. Quanto à possibilidade de funcionários do governo serem chamados, responderam que “não se pode correr antes de aprender a caminhar”.
Clima positivo
No total, compareceram ao evento 200 pessoas. Entre os mais destacados, estavam os pintores Fabelo, Choco e Medivez, o ceramista José Fuster e os músicos Chucho Valdés e Juan Formel, diretor do popular grupo los Van Van.
Formel disse que o clima entre os dois países está melhor. José Fuster, contudo, afirmou que nunca foi proibido de atender à reunião, “mas me avisavam que também viriam os opositores e eu optava por permanecer em minha casa – não gosto que me usem como propaganda”.
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