Um total de 1.241 imigrantes que viajavam em seis embarcações procedentes da Líbia chegaram nesta sexta-feira (13/05) à ilha italiana de Lampedusa, entre eles várias mulheres grávidas e 21 crianças e adolescentes, informaram fontes da Guarda Costeira e da Guarda de Finanças.
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Os imigrantes, muitos deles vindos de países subsaarianos e os demais líbios, foram levados ao centro de acolhida de Imbriacola e a outro instalado na ex-base militar de Loran, para serem identificados.
A primeira embarcação a chegar a Lampedusa, com 166 imigrantes a bordo, entre eles nove mulheres e quatro crianças, ancorou por volta das 7h no horário local (2h de Brasília) escoltada por lanchas da Guarda de Finanças da Itália, informou a imprensa italiana.
Posteriormente, por volta do meio-dia (7h de Brasília), chegaram à pequena ilha italiana 265 imigrantes ilegais que haviam sido resgatados por uma unidade marinha da Guarda de Finanças e outros 150 imigrantes a bordo de um barco também procedente da Líbia que teve de ser escoltado até o porto pelas autoridades locais.
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Nas demais embarcações avistadas, havia uma que estava à deriva com 200 imigrantes, que foram transferidos para uma embarcação da Guarda Litorânea da Itália para serem transferidos a terra.
A Guarda Costeira está tentando investigar se esta última embarcação é a mesma que na quinta-feira fez um pedido de ajuda por meio de um telefone de transmissão por satélite, depois de partir do litoral da Líbia e que, no princípio, na primeira hora desta sexta-feira disse que podia estar em águas de Malta.
De fato, as autoridades maltesas alertaram sobre a embarcação em perigo a todos os barcos que estavam na região, incluídas as da Otan presentes no Mediterrâneo pela operação aliada sobre a Líbia.
A última embarcação a chegar foi uma com 493 refugiados, entre eles dez mulheres e 15 crianças. Nesta sexta-feira, as autoridades italianas interceptaram em frente ao litoral da ilha de Pantelleria, próxima a Lampedusa, 15 imigrantes tunisianos que viajavam em duas balsas.
O ministro do Interior italiano, Roberto Maroni, voltou a criticar as autoridades da UE, pois, segundo ele, não estão fazendo o que se comprometeram a fazer em termos de cooperação na emergência migratória.
“Há um mês a Europa havia decidido tomar algumas iniciativas que até agora ainda não foram adotadas. A Lampedusa continuam chegando refugiados da Líbia, enquanto com a Tunísia está em funcionamento o acordo de repatriação”, afirmou Maroni durante a festa da Polícia penitenciária em Roma, em declarações à imprensa italiana.
“Na Líbia, no entanto, há uma guerra e enquanto durar essa guerra mais refugiados vão chegar, este é o problema. Solicitamos e solicitaremos ainda uma forte ação da diplomacia que coloque fim à guerra na Líbia. De outra maneira, não há como deter os desembarques”, acrescentou.
Essas novas embarcações chegam após vários dias de trégua no fluxo de imigrantes procedentes do norte da África em direção a Lampedusa, onde não se tinha notícia de desembarques desde a madrugada de domingo, quando encalhou uma embarcação com 500 ocupantes nas proximidades de seu porto.
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