O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou nesta quinta-feira (26/09) que existem “nacionalismos exacerbados”, mas que o mundo caminha de “forma irreversível” a processos de cooperação regional e a uma maior integração e interdependência.
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Rajoy lida, no momento, com um forte processo separatista na região da Catalunha, mas não citou a região autônoma em seu discurso. Na quarta-feira (25), o presidente da comunidade autônoma, Artur Mas, afirmou que vai convocar um plebiscito sobre a independência da área para o ano que vem.
Agência Efe
Em Nova York, Rajoy citou a existência de “nacionalismos exarcebados”, mas sem citar Catalunha
“A união e não a desagregação é o sinal dos tempos, e a União Europeia (UE), com diferença, é a melhor prova disso”, disse Rajoy, antes de assinalar que o esforço de integração deve deixar de ser retórico. As afirmações foram feitas no Council on Foreign Relations, uma instituição dedicada à análise da política internacional e na qual discursou aproveitando sua presença em Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU.
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Rajoy voltou a se referir à Europa para assinalar que, perante um ano eleitoral como o de 2014, quando acontece a eleição para o Parlamento Europeu, a UE deve travar a batalha pela integração, frente a “nacionalismos exacerbados, populismos de novo cunho e grupos antieuropeus que a crise contribuiu para encorajar”.
Catalunha
Durante seu anúncio na quarta, o presidente catalão não esclareceu qual será o conteúdo da pergunta feita na consulta. Ele não quis dizer se será uma pergunta direta sobre a independência ou apenas sobre uma mudança de status, como pedem os setores mais moderados da CiU (Convergência e União, confederação de partidos da Catalunha). Ainda assim, ele assegurou que, antes do final deste ano, apresentará a pergunta que deve ser feita aos catalães.
Porém, Mas afirmou crer que “a Catalunha tem afeto pela Espanha, mas já não confia no Estado”, uma “percepção” que o anima a apostar na realização da consulta em 2014. Segundo ele, os catalães já sabem, a esta altura, “onde estão” em relação ao processo independentista “e que não há volta para trás”.