O presidente do Senado do Chile, Guido Girardi, da aliança opositora de esquerda Concertação, anunciou que a casa legislativa não tratará dos projetos do Executivo caso não aceite as condições mínimas que os estudantes do país reivindicam para iniciar um diálogo, após cinco meses de greve.
O anúncio foi feito em conjunto com o vice-presidente do Senado, Juan Pablo Letelier, do Partido Socialista do Chile, também integrante da Concertação. Segundo eles, inclusive a votação do orçamento do próximo ano está condicionada ao estabelecimento de uma mesa de diálogo.
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Eles também querem que o Ministério da Educação encontre uma saída para que os estudantes em greve não percam o ano letivo por causa do protesto. O número de alunos nestas condições, segundo o presidente Sebastián Piñera, seria de 70 mil. Os estudantes, porém, questionam a informação.
O presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica, Giorgio Jackson, ratificou hoje que as condições que os universitários pedem ao governo apontam para um “processo transparente, sem dupla agenda e que não significará ameaças de perda de benefícios para os mais vulneráveis”.
Até o momento, o ministro da Educação, Felipe Bulnes, aceitou somente dois dos quatro pontos de exigência dos grevistas para o estabelecimento de uma mesa de diálogo, proposta pelo governo.
Os estudantes convocaram uma nova paralisação e marcha para esta quinta-feira para reafirmarem suas reivindicações por uma educação gratuita, de qualidade e acessível a todos. A esse novo protesto se somarão os estudantes dos colégios particulares.
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