O senador republicano Roy Ashburn, que se destacou na câmara alta do estado da Califórnia, Estados Unidos, como um forte opositor dos direitos dos gays, admitiu que é homossexual. “Sou gay. Essas são palavras que para mim foram muito difíceis de dizer durante muito tempo”, afirmou ontem (8) em entrevista para uma rádio de Los Angeles.
Ashburn, de 55 anos, divorciado e pai de quatro filhos, falou sobre sua orientação sexual uma semana após ser detido quando saía de um bar frequentado por homossexuais na cidade de Sacramento, capital da Califórnia.
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Durante a entrevista, o senador disse que tinha “meditado profundamente”, e então decidiu reconhecer publicamente que é homossexual, pois as pessoas que lhe elegeram mereciam uma explicação.
“Sempre pensei que podia separar minha vida pessoal de minha vida pública. Mas com minhas próprias ações fiz com que minha vida pessoal seja pública”, explicou.
No entanto, Ashburn defendeu suas posições frente aos gays pois, segundo ele, seu papel era representar a seus eleitores e não sua orientação sexual. “Nunca tive dúvidas da posição de uma grande maioria do povo de meu distrito”, disse.
Histórico
Ashburn votou repetidas vezes contra várias medidas que aumentavam os direitos dos homossexuais, incluindo os esforços para expandir leis antidiscriminação e para reconhecer casamentos gays.
Em 2009, o senador votou contra de uma iniciativa que buscava estabelecer o dia 22 de maio como o dia de Harvey Milk, ativista assassinado homossexual cuja vida foi interpretada pelo ator Sean Penn no filme Milk-A Voz da Igualdade.
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