O diretor do SML (Serviço Médico Legal) chileno, Patricio Bustos, negou que o corpo do ex-presidente Salvador Allende será exumado devido à abertura de uma investigação sobre as circunstâncias de sua morte em 1973.
“Foi solicitada por parte do juiz uma revisão do que foi feito depois de tanto tempo, da documentação existente, mas não do corpo, pelo menos por enquanto”, declarou Bustos ao jornal local El Mercúrio.
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Segundo o diretor, a possibilidade de exumação não é considerada, a menos que seja uma vontade do juiz Mario Carroza, que cuida do caso, como aconteceu anteriormente com outra vítima da ditadura. “Mas essa decisão cabe a ele, e não a nós”, acrescentou.
Bustos ainda revelou que três peritos forenses começarão a trabalhar com a revisão do relatório da autopsia de Allende. Sem dar prazos, ele disse que, além de uma análise do protocolo, será feita, como solicitada pelo juiz, uma grande pesquisa a respeito dos métodos usados naquele período.
A Justiça chilena anunciou na semana passada que vai, pela primeira vez, investigar as circunstâncias da morte de Allende.
O caso está sendo analisado pelo juiz Mario Carroza, após denúncia apresentada pela procuradora Beatriz Pedrals, do Ministério Público do Tribunal de Apelações de Santiago.
Allende morreu na sede do governo chileno, o Palácio La Moneda, em 11 de setembro de 1973, após o local ter sido invadido por tropas golpistas lideradas por Augusto Pinochet. A causa oficial de sua morte foi o suicídio.
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