A paralisação do governo federal dos Estados Unidos, chamada de “shutdown”, chega ao 22º dia neste sábado (12) e passa a ser considerada a mais longa da história do país.
Ontem, pela primeira vez, cerca de 800 mil funcionários públicos ficaram sem receber seus pagamentos e salários. Muitos saíram às ruas para protestar, principalmente pelo fato de não haver previsão para o shutdown terminar. Sindicatos também acusaram o governo federal de violar as leis trabalhistas ao solicitar que funcionários considerados “essenciais” continuem trabalhando sem salário.
Ansa
Capitólio, sede do Congresso norte-americano, fechado com a faixa de "cuidado"
O aeroporto de Miami deverá fechar parcialmente durante o fim de semana por falta de funcionários.
A agência Standard & Poors calcula que o shutdown já tenha dado um prejuízo de US$ 3,6 bilhões – uma média de US$ 1,2 bilhão por semana – . Se durar outros 14 dias, custará mais que os US$ 5,7 bilhões solicitados por Trump ao Congresso para a construção do muro na fronteira com o México.
O shutdown foi causado porque o Congresso e o governo de Donald Trump não chegaram a um acordo para o orçamento federal. O presidente republicano pediu US$ 5,7 bilhões de verba para a construção do muro contra os imigrantes, mas os democratas do Congresso não aceitaram. Com isso, o orçamento ficou emperrado e vários serviços federais estão sendo afetados.