O sindicato socialista União Geral dos
Trabalhadores (UGT) convocou hoje (13/5) uma greve geral no setor público
espanhol para 2 de junho em protesto ao corte salarial dos
funcionários anunciado pelo primeiro-ministro, José Luis
Rodríguez Zapatero.
De acordo com um comunicado da Federação de Serviços Públicos da
União Geral dos Trabalhadores (FSP-UGT), a greve geral seria
precedida de mobilizações e protestos que começariam em 20 de maio.
Ontem, Zapatero anunciou que para cortar o déficit público entre 2010 e
2011 reduzirá em 5% em média o salário dos trabalhadores públicos,
vai cortar a ajuda por nascimento de filhos e suspenderá o reajuste
das aposentadorias. Com essas medidas, a intenção é reduzir em 19 bilhões de dólares a
despesa entre 2010 e 2011.
Pelo comunicado do Conselho Geral da FSP-UGT, a convocação de
greve “trata de fazer frente à situação gerada por uma agressão sem
precedentes, o descumprimento de um acordo em vigor que já
contemplava o cenário econômico de crise”.
A central sindical assinalou que vai propor a outros sindicatos
que se unam às mobilizações propostas, que começarão em 20 de maio,
no dia em que vai tramitar no Congresso dos Deputados o decreto de
corte salarial, com concentrações diante de delegações e
subdelegações do Governo e outras iniciativas.
O outro grande sindicato espanhol, Comissões Operárias (CCOO),
não descartou, em palavras de seu secretário-geral, Ignacio
Fernández Toxo, chamar também à greve geral diante da “absoluta
inconformidade” das centrais sindicais com as medidas de ajuste
fiscal anunciadas ontem por Zapatero para reduzir o déficit público.
Toxo fez esta advertência em entrevista coletiva conjunta com o
secretário-geral de UGT, Cándido Méndez, depois de se reunir ambos
nesta quinta-feira com o Zapatero.
O líder sindicalista assegurou que as centrais sindicais “estudam
um processo de mobilização, como já há no setor público, que pode
derivar em uma convocação da greve geral”.
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