Apoiada por centrais sindicais opositoras, uma greve geral de transportes de 24 horas teve início nesta terça-feira (09/06) para exigir melhores salários e a redução de impostos sobre os lucros na Argentina.
EFE
Ontem, sindicatos agrupados na ala opositora da CTA fizeram marcha em Buenos Aires em antecipação à greve geral desta terça
Por enquanto, a paralisação envolve condutores de ônibus, caminhões, trens, metrô, aviões e barcos. Embora lojas, mercados e bancos estejam funcionando normalmente, espera-se que os sindicatos ampliem a greve para a coleta de lixo domiciliar, a distribuição de alimentos e a entrega de combustíveis aos postos de serviços, reportou a Agence France-Presse.
Segundo Página 12, haverá piquetes em diversas cidades ao longo do dia pelo país. Em Buenos Aires, manifestantes vão se reunir às 10h em frente ao Obelisco, monumento histórico no centro da capital, de onde marcharão em direção à sede do Ministério do Trabalho.
Em entrevista coletiva a jornalistas, o chefe de gabinete do governo, Aníbal Férnandez, insistiu que “a paralisação é mais política do que outra coisa” e disse não saber o que os grevistas “vão conseguir com uma medida de força”.
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Em antecipação à greve geral, sindicatos agrupados na ala opositora da CTA (Central de Trabalhadores Argentinos) marcharam com setores da CGT (Confederação Geral do Trabalho) na segunda-feira (08/06), na capital.
“Frente à ausência de salários dignos e a situação de precariedade laboral, nós acreditamos que o governo não quer resolvê-la, nem sequer convoca uma mesa de diálogo, não nos deixa outra opção que exercer nosso direito constitucional à greve”, argumentou ontem à Agência Efe Pablo Micheli, secretário-geral da CTA.
No poder desde 2007, Cristina Kirchner enfrenta a quinta greve geral de seu governo e a segunda deste ano. A última aconteceu no fim de março, paralisando por hora as principais cidades da Argentina para exigir do governo mudanças no imposto sobre os salários, sobretudo no setor de transportes.