Terminou sem resposta do governo da Síria o prazo de 24 horas dado pela Liga Árabe para que o regime do presidente Bashar al Assad autorizasse a entrada de observadores internacionais no país, que vive intensos conflitos entre forças de segurança e grupos opositores armados.
Além de não ter enviado resposta à Liga Árabe, Damasco criticou o ultimato dado pela instituição.Em comunicado divulgado pela agência estatal Sana, o governo sírio acusou a organização de ter se tornado uma “ferramenta para a interferência estrangeira” em defesa dos interesses ocidentais.
Efe
Representantes da Liga Árabe deverão se reunir no Cairo, para discutir novas sanções contra a Síria
A Liga Árabe pretendia fiscalizar o cumprimento de um acordo feito com o governo sírio para por fim à violência no país. Agora, os chanceleres dos países membros da organização deverão se reunir no Cairo, para definir novas sanções econômicas e diplomáticas contra a Síria.
De acordo com informações da agência Efe, o chanceler sírio, Walid al Moualem, enviou uma mensagem ao bloco pedindo mais explicações sobre o projeto de protocolo para o envio da missão de mais de 500 observadores, o que foi encarado como uma resposta negativa.
Dentre as sanções que poderão ser aplicadas pelos países da Liga Árabe estão o rompimento de relações diplomáticas, a suspensão de voos, o congelamento de bens e o corte de operações financeiras com a Síria.
Desde o início dos protestos na Síria em março, mais de 3.500 pessoas morreram em confrontos de opositores e forças de segurança do governo, segundo números da ONU. Incentivado por países ocidentais, como França e EUA, o CNS (Conselho Nacional Sírio) – orgão criado por dissidentes sírios no exterior – busca apoio internacional para um intervenção armada nos moldes do ocorrido na Líbia.
A iniciativa, no entanto, esbarra na resistência de países como Rússia e China, que ao lado de outras nações em desenvolvimento (Brasil, Índia e África do Sul), defendem uma saída negociada para a crise. Os dois primeiros, inclusive, já utilizaram seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para barrar uma resolução contra o governo sírio.
Efe
Milhares de manifestantes saem às ruas de Damasco em defesa de Bashar al Assad; país está dividido
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