Pelo menos 1,5 milhão de civis necessitam de ajuda humanitária urgente na Síria, mas o intenso conflito acaba impedindo que a mesma cheguem as pessoas, enquanto o número de deslocados internos continua crescendo, informou nesta sexta-feira (22/06) a ONU.
Devido à insegurança vivida no país, apenas 461 mil pessoas teriam se beneficiado com os mantimentos enviados pelo Programa Mundial de Alimentos, apontou o organismo internacional. Além disso, há 92 mil refugiados sírios recebendo algum tipo de ajuda em países vizinhos.
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No entanto, o organismo ainda precisa fornecer ajuda a 40 mil pessoas para cumprir seu objetivo de fornecer alimentos para meio milhão de sírios até o final do mês.
Segundo os dados oferecidos pela Crescente Vermelho Síria (equivalente islâmico da Cruz Vermelha) à ONU, entre os principais focos de violência no país aparecem as cidades de Homs e Idlib, sendo que nesta última a ajuda humanitária chega a beneficiar 350 mil pessoas, menos da metade da população.
Em Homs, o número de pessoas que precisam de assistência chega aos 250 mil, mas apenas dois terços deles recebem essa ajuda, enquanto centenas de habitantes buscam refugio na parte antiga da cidade e, por enquanto, distante do alcance dos voluntários.
O conflito também causa inúmeros problemas logísticos, como a falta de combustível, que as organizações humanitárias recebiam através de cupons entregues pelo Governo. No entanto, esse subsídio não será mais emitido até agosto.Para superar esse obstáculo, o PMA tenta estabelecer um depósito de 100 mil litros de combustível em Damasco para as atividades da ONU.
As missões de reconhecimento enviadas pela ONU a quatro regiões da Síria com a intenção de examinar a futura presença da organização no país concluíram seus trabalhos, mas o envio de voluntários acaba sendo fragilizado por causa do aumento da violência, afirmou o Escritório de Assuntos Humanitários da ONU.
As missões avaliaram as condições logísticas e de segurança e determinaram que dois centros poderiam ser instalados no país, em Homs e Deir-ez-Zor, enquanto um terceiro poderia ser instalado em Alepo para fornecer ajuda aos cidadãos de Idlib e Hama.
No entanto, um porta-voz da OCHA em Genebra afirmou nesta sexta (22/06) que, por causa da atual situação, o envio de pessoal continua suspenso e, por isso, que as agências humanitárias devem buscar alternativas para continuar seus trabalhos.